O Papel da Teoria da Distribuição nos Modelos de Crescimento com Pleno Emprego de Kaldor: Uma avaliação crítica

O artigo analisa criticamente a teoria da distribuição de Kaldor no contexto de seus modelos de crescimento econômico com pleno emprego da segunda metade da década de 1950. Os principais resultados dessa análise são os seguintes. Primeiro, a contribuição da teoria da distribuição de Cambridge para os modelos em questão está restrita ao provimento de um mecanismo de ajustamento entre oferta e demanda agregadas, numa condição de pleno emprego da força de trabalho.

Segundo, o referido mecanismo de ajustamento não é considerado plausível no caso de excesso de oferta agregada em pleno emprego, pois o mecanismo keynesiano tradicional de ajustamento não encontra nenhuma restrição ao seu funcionamento e o mecanismo kaldoriano pressupõe um comportamento por parte das firmas pouco razoável do ponto de vista econômico.

Terceiro, o mecanismo kaldoriano é igualmente implausível no caso de excesso de demanda agregada em pleno emprego, uma vez que nesta situação é mais provável que exista uma resistência dos salários aos aumentos de preços, impedindo a queda da parcela dos salários prevista pela teoria de Cambridge. Finalmente, evidenciamos o caráter arbitrário da teoria da distribuição de Cambridge no contexto em que ela foi proposta e utilizada por Kaldor.

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