Estimação de um modelo desagregado de inflação de custo para o Brasil

No presente artigo buscamos modelar a dinâmica da inflação brasileira desagregada sob a ótica da inflação de custos levando em conta o fato que existe uma interdependência nas cadeias produtivas que se reflete na inflação do Índice Agregado de preços ao consumidor.

Os resultados encontrados ao estimar as formas reduzidas das equações desagregadas de inflação mostram que é difícil associar pressões de demanda com a inflação; (2) que a taxa de câmbio e a inflação importada em US$ em conjunto afetam todos os itens desagregados da inflação (pelos produtos tradables e os custos dos bens non tradables, inclusive serviços; (3) que o custo financeiro foi significativo na explicação da inflação dos industrializados; (4) a relação de exogeneidade entre inflação de alimentos e o indicador de demanda, segundo vendas no varejo, é contrária ao esperado, no sentido de que um aumento (queda) na inflação de alimentos é que explica uma queda (aumento) nas vendas do varejo; (5) que a inércia da inflação de serviços parece ser maior que as demais. Esse último resultado é interpretado pelo fato do setor serviços ser basicamente não-comercializável, com crescimento da produtividade mais baixo e com os salários mais vinculados ao mínimo, que teve um forte componente de reajuste acima da inflação por motivos de política econômica no período recente.

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