Integração Produtiva: A Experiencia Asiática e Algumas Referencias para o MERCOSUL

Um dos traços marcantes das últimas décadas foi o extraordinário crescimento do comércio mundial aumentando o grau de articulação das economias nacionais à economia global. Indiscutivelmente, um dos principais fatores desta expansão foi a desintegração ou fragmentação do processo produtivo, isto é, o fatiamento da produção e da cadeia de valor das mercadorias em diferentes países e regiões. Uma parte significativa do comércio internacional passou a se constituir de um fluxo de bens de uma mesma indústria internacionalmente distribuída.

O Leste e Sudeste asiático constituíram por excelência a região em que este processo atingiu níveis mais altos, levando à formação de uma complexa e articulada rede de comércio e investimentos, por sua vez responsável por uma intensa corrente de intercâmbio intra-regional. Esta expansão do comércio e investimentos se deu num contexto de alto crescimento econômico e deslocamento de especializações industriais entre as principais economias asiáticas. Fatores estruturais, macroeconômicos e microeconômicos concorreram para a afirmação da integração produtiva asiática que, ao contrário da regionalização européia, teve uma menor presença de instituições de governo.

Objetiva-se neste texto investigar estes fatores da integração produtiva asiática e extrair algumas lições para o MERCOSUL, uma região com características tão distintas e que, a despeito de elevado índice de comércio intra-regional, apresenta baixo grau de integração produtiva.

Além desta introdução, este texto está dividido em quatro seções. A primeira seção discute os aspectos conceituais da integração produtiva e suas implicações para o desenvolvimento econômico, a segunda discute a integração produtiva asiática, a terceira a integração produtiva e o MERCOSUL e a quarta resume e conclui o texto. Apresenta-se no final um Anexo Estatístico.

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